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sexta-feira, 6 de março de 2009

PANO RÁPIDO - Por Francisco Daudt


Estou trazendo esta matéria na intenção de fazer com que as pessoas se sintam menos oprimidas por conceitos impostos pela sociedade mundial. As vezes nos deparamos com diferenças que gostaríamos que os demais nem as aceitassem mas ao menos as respeitassem [o que na maioria das vezes não acontece], então somos ridicularizados por nossas singularidades e repelidos por expor nossas fraquezas, deficiencias ou qualquer outra situação que fuja ao padrão social comum. Espero poder ajudar com este exemplo de diferencial que deve ser igualmente levado a sério!!!


Beijos a todos... Mônica Alencar



PANO RÁPIDO... Por Francisco Daudt


Sou hetero, mas me sinto esquisito, pois descobri que não gosto de penetrar. Acho cansativo. Prefiro ficar horas nos carinhos [gosto mais de receber, mas também de fazer]. Além disso, meus mamilos e a pele externa do meu anus são verdadeiros clitóris. Isso é anormalidade?


NÃO. ISSO SE CHAMA SINGULARIDADE. Meus parabéns pela sorte de ter tantas zona sensíveis. Um amigo politicamente incorreto me dizia: “Esse negócio de meter é pra operário. Brincar é muito melhor. Preliminares? Isso supõe que o jogo só começa na penetração? Ora faça-me o favor!”


De fato, a Mãe Natureza quer que penetremos [essencial para a procriação], e o senso comum estabeleceu uma linha de montagem ditatorial sobre sexo, sobretudo para os homens: desnudamentos, algum estimulo genital prévio a penetração, ereção obrigatória [a causa do sucesso dos Viagras], penetração com aeróbica prolongada para dar orgasmo a moça [que se sente obrigada a tal], cumprida a obrigação, ejacular. Os que sabem que estamos obedecendo a essas ordens podem se rebelar contra elas e inventar, como você inventa. Não se trata de estabelecer um novo “certo”, mas de dar espaço a individualidade.


Um dialogo de coxias me foi contado pela atriz, minha paciente.


Ele: fulana, você gosta de pau mole?

Ela: adoroooro!

Ele: então vou te levar a loucura!



Francisco Daudt é psicanalista e escreve quizenalmente para a coluna “Plural” da Revista da Folha de São Paulo

E-mail: Francisco.daudt@grupofolha.com.br

Matéria do dia 15 de fevereiro de 2009

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