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quarta-feira, 23 de julho de 2008

Combate ao Câncer do Intestino Grosso


O câncer de intestino, doença que acomete em sua maioria pessoas que já passaram dos 50, está sendo detectado com mais freqüência nos últimos anos. Para esclarecer a enfermidade, conversamos com o Dr. Álvaro Lins, Chefe do Serviço de Colo-Proctologia do Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes.

O que é o Câncer do Intestino?

O câncer do intestino grosso, chamado também de tumor do cólon e do reto ou colorretal, é uma doença que pode e deve ser evitada. Trata-se de um dos tumores mais freqüentes entre homens e mulheres no mundo ocidental.

É o quinto câncer mais diagnosticado no Brasil, e o segundo na região sudeste. Quando descoberto tardiamente pode ser fatal. Quase metade dos pacientes com este câncer ainda morre em menos de 05 anos após tratamento. Por isso é tão importante a sua detecção precoce, quando a possibilidade de cura é grande. Quando detectado no começo, a sobrevida ultrapassa 90%.

O que é detecção precoce?

É encontrar o câncer do intestino em uma fase bastante inicial, quando pode ser curado através de cirurgia. Em casos mais avançados ainda há possibilidade de cura, porém tornam-se necessárias operações maiores e associação de quimioterapia e/ou radioterapia.

Como evitar o aparecimento do câncer do intestino?

O câncer do intestino grosso (cólon e reto) é facilmente evitável. Quase sempre ele se inicia através de um pólipo que cresce na parede do intestino e que pode se transformar em câncer com o tempo. Quando esse pólipo é retirado durante um exame de colonoscopia, está se impedindo que ele se transforme em câncer, sem necessidade de cirurgia.

O que são pólipos?

Pólipos são lesões benignas que se desenvolvem na mucosa (superfície interna) do intestino grosso de algumas pessoas. Geralmente não apresentam sintomas, e só são descobertos quando é realizado exame de colonoscopia ou Raio X do intestino (chamado de enema opaco). Através da colonoscopia, o pólipo pode ser retirado e examinado para saber se já se transformou em câncer.

Quem pode ter pólipos?

Qualquer pessoa pode ter pólipos ao longo da vida. Alguns jovens podem ter pólipos também e muitas vezes estes estão associados a doenças genéticas. Alguns hábitos podem facilitar o aparecimento de pólipo e de câncer: o fumo, o consumo de dieta rica em gorduras e pobre em fibras, ingestão freqüente de álcool e de alimentos com corantes artificiais.

Quais as situações de risco para o câncer do intestino?

Quando a idade ultrapassa a casa dos 50, qualquer pessoa fica mais sujeita ao aparecimento deste câncer. Algumas situações aumentam este risco: História pessoal ou familiar de pólipos benignos, câncer do intestino, retocolite ulcerativa ou Doença de Crohn de longa duração, câncer de mama, ovário ou útero. Alimentação e vida saudáveis são ótimos aliados na prevenção.

Quais os principais exames que podem ser feitos?

O exame mais importante para detecção precoce do câncer do intestino grosso, e sobretudo do reto, é o exame proctológico. Este exame consiste no toque retal e na retossigmoidoscopia que é o exame da parte mais baixa do intestino. Quando adequadamente realizado, grande número destes tumores pode ser identificado. O exame proctológico deve ser complementado nos indivíduos de risco, ou em todos com sintomas intestinais, pelo exame colonoscópico.

O que é colonoscopia?

É o exame por dentro de todo intestino com visão direta. Permite fazer coleta de material para biópsia ou a retirada de pólipos. O exame requer limpeza adequada dos intestinos e leve sedação anestésica.

O que é rastreamento?

É o conjunto de medidas tomadas para a identificação de pólipos ou de câncer precoce em indivíduos sem sintomas.

Quais são os sintomas do câncer do intestino?

Os tumores de intestino, em geral, crescem de forma silenciosa. Os sintomas só aparecem quando estão mais desenvolvidos. Geralmente, as condições apresentadas são: sangramento anal, sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarréia e prisão de ventre alternados), vontade freqüente de ir ao banheiro, sensação de evacuação incompleta (puxos), dor ou desconforto abdominal ou anal, fraqueza, anemia, sensação de gases ou distensão, perda de peso sem causa aparente.

Se você apresentar algum destes sintomas procure um médico imediatamente Note bem: nem todo sangramento pelo ânus é causado por hemorróidas. Hemorróidas não causam câncer, porém podem confundir o diagnóstico.

Como e quando se deve ser examinado?

Se você pertence ao grupo de risco normal (isto é, não tem os antecedentes já mencionados para câncer), só deve ser examinado a partir dos 50 anos, e fazer pesquisa de sangue oculto nas fezes, repetindo anualmente. Se o resultado for positivo, você deve consultar um médico especialista (colo-proctologista). A partir dos 60 anos, também é preciso realizar a colonoscopia (preferivelmente) ou o enema opaco, e repetir a cada 10 anos.

Se você pertence ao grupo de risco aumentado, isto é, quando tem antecedente pessoal ou familiar de câncer do intestino, deve iniciar o rastreamento aos 40 anos – ou antes – incluindo colonoscopia. O risco de câncer de intestino grosso é maior em quem tem histórico deste tumor na família.

O que se pode fazer para evitar o câncer do intestino grosso?

Além dos exames de rastreamento nas idades adequadas, alimentação e estilo de vida saudáveis são muito importantes. Algumas dicas: consuma boa quantidade de fibras, frutas e vegetais, e reduza a quantidade de gorduras, principalmente as de origem animal. É recomendado que você coma pelo menos 25 a 30g de fibras (02 colheres de sopa) e cerca de duas xícaras e meia de frutas/verduras ao dia. O uso de suplementos alimentares com fibras pode ajudá-lo a atingir esta meta. Não fumar e diminuir o consumo de álcool também é fundamental.

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