Dom, 05 Abr, 05h10
Se toda a população brasileira fizesse 30 minutos de atividade física regular cinco vezes por semana e mudasse o padrão alimentar, poderiam ser evitadas 260 mil mortes por ano por causas como câncer, doença coronariana crônica e doenças cardiovasculares. A conta é do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, com base em dados da Organização Mundial de Saúde.
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Temporão lançou hoje o Plano Nacional de Atividades Físicas, em parceria com o Ministério dos Esportes. A ideia é incentivar exercícios e atividades físicas em praças e espaços públicos das cidades. Hoje, 450 municípios recebem recursos do Ministério da Saúde para difundir essas práticas - R$ 25 milhões ao todo. A intenção é chegar a mil municípios até 2011.
O ministro comentou o resultado da pesquisa que mostrou que cresceu a parcela da população que faz atividade física - de 14,9% em 2006 para 16,4% em 2008. "É uma boa sinalização, mas não é o suficiente. Temos de construir uma nova consciência sobre a importância da atividade física". Embora continue alto, o sedentarismo baixou de 29,2% em 2006, para 26,3% em 2008.
As informações estão no estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. A pesquisa foi realizada nas 26 capitais e no Distrito Federal, entre abril e dezembro de 2008. Foram 54 mil entrevistas telefônicas realizadas pelo Vigitel, desenvolvido em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo.
O relatório mostra que homens são mais ativos: 20,6% fazem alguma atividade física. Entre as mulheres, o índice é 12,8%. Mas são eles também que lideram o sedentarismo, correspondendo a um porcentual de 29,5% aqueles não praticaram qualquer atividade física nos últimos três meses, não realizaram esforço físico intenso no trabalho, não se deslocaram para o trabalho a pé ou de bicicleta, e não eram responsáveis pela limpeza pesada da casa. Entre as mulheres 23,5% são consideradas sedentárias.
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