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sexta-feira, 13 de março de 2009

Câncer de intestino é o 5º tumor maligno

25/10/2007

Detecção precoce pela pesquisa de sangue oculto nas fezes permite
a cura em grande parte dos casos.

O câncer de intestino ou colo-retal é uma das principais causas de óbito por câncer no mundo. A doença abrange tumores que atingem o cólon (intestino grosso) e o reto. Tanto homens como mulheres são igualmente afetados. É uma doença tratável e freqüentemente curável quando diagnosticada na sua fase inicial, explica o Instituto Nacional do Câncer (INCA).


As estimativas de incidência de câncer no Brasil, publicadas pelo INCA, apontam o câncer colo-retal como o 5º tumor maligno mais freqüente entre homens (com 11.390 casos novos) e 4º entre as mulheres (13.970 casos novos). A maior incidência de casos ocorre na faixa etária entre 50 e 70 anos, mas a possibilidade de desenvolvimento já aumenta a partir dos 40 anos.

Segundo o Dr. Wilson Rodrigues de Freitas (CRM: 11.516), do setor de Gastroenterologia do Hospital Novo Atibaia, é importante observar as causas predisponentes e os fatores de risco. A raça é um desses fatores: o negro americano tem 50% mais chance de contrair a doença que o branco. Quanto a hábitos, o câncer colo-retal está associado à dieta rica em gordura e carne vermelha e pobre em fibras. Outros fatores de risco são: idade acima de 50 anos; história familiar de câncer de cólon e reto (25% dos casos têm antecedentes familiares); história pessoal pregressa de câncer de ovário, endométrio ou mama; obesidade; e estilo de vida (sedentarismo e tabagismo). Também são fatores de risco doenças inflamatórias do cólon como retocolite ulcerativa crônica e Doença de Crohn.

Como se forma o câncer colo-retal? Geralmente, a doença se origina de um pólipo pequeno (uma saliência no intestino), menor que 5 mm, que cresce, tomando proporção superior a 1 cm. Pode evoluir para uma degeneração maligna, que atinge as células e daí, para o câncer localizado e para o câncer avançado com metástase (raízes em outros órgãos). Esse processo é longo e demorado, levando cerca de 10 anos para acontecer.

Quanto mais precocemente ele for diagnosticado, maior a chance de cura. "Se for detectado um pólipo e retirado na sua fase inicial, o problema não evoluirá. Com um câncer circunscrito, localizado, a possibilidade é de 80-90% de sobrevida em 10 anos. Se estiver em estágio avançado, com metástase, a chance de sobrevida de 5 anos é de 5%", explicou o Dr. Wilson./

Diante disso, a prevenção surge como a grande ferramenta. "Temos de detectar a alteração no intestino na fase inicial, garantindo a cura na maioria dos casos". A importância da prevenção levou à criação, em maio de 2004, da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci), cuja presidente é a Profa. Dra. Angelita Habr-Gama; o Dr. Wilson é um dos sócios fundadores dessa entidade, que tem como objetivo difundir os métodos preventivos e de diagnóstico precoce do câncer de intestino.

"É mais fácil e eficiente prevenir do que tratar. Existe um exame muito simples, que é a pesquisa de sangue oculto nas fezes, especialmente para as pessoas com mais de 50 anos, que deve ser realizado anualmente. A positividade deste exame não significa a doença, mas deve indicar a necessidade de procurar um gastroenterologista para esclarecimento dignóstico. Outros exames complementares poderão ser solicitados: o exame proctológico (toque retal), retossigmoidoscopia, colonoscopia, enema opaco (raio X contrastado do intestino).

Para a prevenção, recomenda-se uma dieta rica em fibras (frutas e verduras), em cálcio (leite e derivados) e pobre em gorduras animais. A ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcoólicas deve ser evitada. Como prevenção ainda, é indicada a prática de exercícios físicos regulares.

Entre os principais sintomas de câncer colo retal, o INCA lista os seguintes: indivíduos acima de 50 anos com anemia de origem indeterminada, dor abdominal, massa palpável no abdomen, constipação e ou diarréia crônicas, náuseas, vômitos, perda de peso e fraqueza.

A cirurgia é o seu tratamento principal, retirando o tumor intestinal e tecidos próximos. Após o tratamento cirúrgico, a quimioterapia associada ou não à radioterapia poderá ser indicada, se necessário, para diminuir a possibilidade de recidiva (volta do tumor).

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